Zinab El Rhazoui


Zinab El Rhazoui

Testemunho retirado do site http://www.exmuculmanos.com/grandes-mulheres-zinab-el-rhazoui/


Zinab El Rhazoui nasceu em 1982, em Casablanca, uma cidade no país Marrocos, África. Seu pai era marroquino; e sua mãe, francesa. Desde pequena, Zinab percebeu que as mulheres eram tratadas de maneira inferior em relação aos homens, e começou a fazer aos adultos perguntas embaraçosas sobre a religião islâmica, que eles tinham muita vergonha de responder.

Zinab cresceu, se formou em jornalismo e trabalhou na Universidade do Cairo (Egito) como assistente de professor. Na rica biblioteca da universidade, Zenaib começou a ler livros islâmicos e finalmente entendeu muita coisa sobre a religião.

Depois de seis meses, retornou ao Marrocos e começou a trabalhar de jornalista, escrevendo sobre as minorias religiosas de seu país em um jornal chamado Le Journal Hebdomadaire. Foi presa três vezes, por criticar o governo. Um dos mandados de prisão aconteceu em 2009, por ela estar almoçando em um lugar público durante o Ramadã, que é o mês islâmico em que todos devem jejuar. Depois de ser presa três vezes, procurou asilo político na Eslovênia, indo em seguida morar em Paris, na França. Em Sorbonne, ela estudou Árabe, Inglês e Francês.

Em 2011, o jornal Charlie Hebdo se interessou em entrevista-la para saber como tinha sido a participação do Marrocos na primavera árabe, e o pessoal do jornal acabou dando a ela um emprego. Ela ficou amiga de todo mundo. Em 2013, escreveu uma tira cômica sobre a vida de Maomé, ilustrada por Stéphane Charbonnier, mais conhecido como Charb. Isso fez com que o jornal fosse ameaçado com mais frequência, sendo que Zinaib recebeu inúmeras ameaças de morte.

Em 07 de janeiro de 2015, Zinab El Rhazoui estava em sua casa, no Marrocos, descansando após o feriado de Natal. Havia acabado de enviar um artigo sobre a vida das mulheres sob o ISIS e foi dormir. Pouco tempo depois, acordou com o telefone tocando e, quando atendeu, ouviu uma triste notícia: todos os seus amigos da redação do jornal estavam mortos. Haviam sido massacrados por islâmicos. Ela acredita ter sido um dos principais alvos dos terroristas e escapara por pouco.

Desde esse dia, Zinaib El Rhazoui redobrou os cuidados com a segurança. Não almoça em restaurantes nem pega trem. Tampouco frequenta lugares lotados.

Zinaib se define como “humanista secular” e acha que a palavra “islamofobia” é uma conversa fiada usada para calar a boca dos que fazem críticas necessárias ao Islã. Ela acha um absurdo chamar a crítica contra o Islã de “racismo”, pois segundo ela, o islã em si mesmo é uma ideologia totalitária e racista. Também está muito decepcionada com a atitude de algumas feministas europeias, que, segundo ela, se renderam completamente ao fascismo islamista.

Zinaib é constantemente chamada de “islamofóbica”, mas luta contra o Islã com toda sua força, advertindo as pessoas sobre os perigos dessa religião. Deixou o jornal Charlie Hebdo há pouco tempo, alegando que o jornal está pegando leve com o Islã, ao se recusar a desenhar Maomé por medo.

Texto tirado do site http://www.exmuculmanos.com